Não quero conhecer ninguém!

domingo, fevereiro 21, 2016

Todo mundo me parece igual. Todos os homens, pra ser mais específica. Aquela vontade de me interessar, de conhecer alguem novo, o desejo de sair, me arrumar, desfilar um cabelo novo e o sorriso que encanta. Fugiu. Tudo isso eu não faço ideia de onde esteja. Acabei por pensar que, depois de um tempo solteira, é como a rotina, a gente acostuma.
Os aplicativos de paquera realmente funcionam, mas eu só consigo lembrar de um romance que me aparecia de surpresa no almoço e ligava no meio da semana pra falar da saudade e convidar pra um cinema numa quarta feira. A naturalidade, sabe? As vezes acho que deveria me doar mais, me deixar mais livre, e ao mesmo tempo, me vejo livre suficiente, o que falta é o interesse.
Os convites não despertam o menor interesse. O novo, pra mim, perdeu a graça. É quase como um sonho, pedir que alguém interessante o suficiente pra me despertar de novo, bata a porta num momento que eu esteja linda o suficiente pra chamar atenção dele, ou que ele, derrepente, passe embaixo da minha varanda e me note. Não sei.
Aí eu noto, escrevendo esse texto, que também cansei de querer sair disso. Eu tô bem aqui. Meu brigadeiro quentinho, meu bloguinho pra passar o tempo, uns amigos pra acompanhar a cervejinha no final de semana, uma praia de vez em quando e pronto... não quero mais nada.
De vez em quando eu me vejo, com o celular na mão, imaginando causos com pessoas que já fazem parte da minha vida. Faz sentido? Fico me perguntando se eu já conheci a pessoa que vai tornar tudo isso de cabeça pra baixo. Se eu tou perdendo tempo sem visualizar tudo isso e fico quase desesperada num misto de dúvida e culpa, por estar, quase, olhando com outros olhos, gente que, provavelmente, nada tem a ver com isso. Tem aparência de alguma doença, isso, gente?
Acho que tô num início de loucura. Uma loucura que me pede a minha companhia e nada mais. No auge da loucura eu saio, vou no cinema, me permito um jantar especial, me arrumo pra me olhar no espelho, desfilar até a sala, voltar no banheiro e desmontar, como se eu tivesse saído de casa e tido um mega "date". Acho que eu tou louca mesmo...
E sabe do que eu lembro de novo? Que no auge de outro momento de solidão, eu escrevia meus textos e o meu romance, aquele que citei antes, sabe? É, ele lia e me mandava "indiretas" via twitter quando aquilo era o auge da internet. Eu achava o máximo, por mais moderno que meu romantismo possa achar isso... eu achava o máximo.
Lembro perfeitamente que, escrever, me trazia um alívio, e consequentemente, trazia ele pra próximo de mim... trazia convites, pequenas demonstrações e trazia o que eu menos achava que eu precisava: amor. Talvez esse texto todo seja só uma forma involuntária que meu cérebro achou de, talvez, mudar tudo de novo quando eu menos quero, ou quando eu menos espero... tanto faz!

Saudade...

Link do texto citado: http://fenog.blogspot.com.br/2011/06/de-repente-e.html

You Might Also Like

0 comentários