Alguns anos solteira, e?

quinta-feira, janeiro 07, 2016

Depois de um tempo X, você começa a esquecer do fato de que não namora há um tempo considerável (pra maioria das pessoas) e passa até a esquecer como se namora. Vocês também já passaram por isso?

Hoje deu vontade de falar sobre isso. Uma publicação no Facebook mostrou meu último namorado, casando. Isso mesmo. Deu tempo de ele conhecer alguem, ficar, namorar, noivar e casar em uma festa grandiosa. Isso requer muito tempo, no meu ponto de vista (pra outras pessoas nem tanto, no caso, conheço gente que concluiu todos esses passos em 6 meses. Deve ser tipo um supletivo do relacionamento, né? Curioso).

Pois bem. O que eu passei nesse tempo?
Conheci algumas festas que eu não me permitia ir por diversos fatores, que entre eles, englobavam o fato de que pessoas que namoram não aproveitariam tão bem a vibe desses lugares.
Vi relacionamentos começarem e terminarem com a velocidade da luz, o que me fez pensar, cada vez que via isso, que o amor é realmente dificil de cultivar, e dar cada vez mais valor aos pequenos gestos e as pessoas que fazem questão de nos fazer bem e lembradas.
Aprendi (mais) sobre o valor da minha companhia e o quanto é legal fazer algumas coisas sozinhas, já que, até algum tempo atrás, mesmo sem querer, meu pensamento maissssssss distante diria que isso era um coisa pra se fazer acompanhado de um love... talvez de um amigo, mas que poderia ser tão interessante quanto, fazê-lo sozinha. Descobri que eu sou realmente legal e que minha companhia é nota 10, por isso, dei mais valor a mim, afinal, nunca é demais.
Cortei, do início, tentativas frustradas de relacionamento que eu possivelmente me envolveria, caso estivesse solteira a pouco tempo, pelo simples fato de que a carência é um sentimento filho da p*ta, mas, como disse antes: aprendi que eu não preciso estar acompanhada pra ser uma boa companhia e pra fazer coisas que me agradam.
O valor da soma quando se trata de um companheiro, tornou-se uma adição VALIOSA, visto que eu tenho em mente, agora, que jamais (tá bom, muito extremista) eu deixaria um relacionamento desgastante tomar espaço do meu valioso dia a dia e substituir minha tão feliz solteirisse, por mais feminista e escrota que isso possa parecer, mesmo não sendo.
A praia, o cinema, o filme na tarde fria, a viagem de final de semana, tudo isso ficou mais valioso, pois eu precisava, acima de tudo, me fazer boa companhia, porque as vezes os amigos não entendem como você, que certos programas não precisam ser só de namorados. Quem rotulou isso, gente?

Por fim, eu aprendi que cada fase é valiosa. Cada pedacinho dessa "falsa solidão" é um aprendizado. Aprendi a deixar que a vida me surpreenda. Seja com flores de um novo flerte, ou com o furo do paquera, mostrando que: calma, ainda não é a hora.

E sabe porque eu falei do meu ex? Porque, provavelmente, ele não tenha passado por esse aprendizado, que eu julgo necessário, a todos. Não que você só aprenda sobre ele estando solteira, de forma alguma. Mas é preciso saber separar um relacionamento da sua vida com você mesmo. É preciso ter um tempo pra se amar e ser egoísta em alguns momentos pra pensar que, existe vida fora da bolha "namoro" ou "casamento".

Talvez eu esteja mais preparada que ele, ou talvez não. Esqueci de dizer também que aprendi a não competir. Pensar que eu posso estar melhor ou pior do que quem estar namorando, casado, ficando, apaixonado ou seja lá qual for o status, seria covarde demais e desmoronaria todos os meus aprendizados. O importante agora, volto a dizer, é aproveitar.

Acordo feliz, com minhas obrigações chatas de dia a dia, trabalho, saio, me divirto com amigos, conheço gente nova, me permito experiências diferentes, viajo sem culpa, faço a linha Zeca Pagodinho e deixo a vida me levar... e no meio de tudo isso, eu aprendo. Aprendo que, pra ser feliz, eu não preciso me preocupar se faz 1, 2, 3 ou 10 anos que estou solteira... o importante é viver e deixar a vida, no tempo certo, surpreender!

Não se culpe, não se rotule, não exija demais do tempo ou do acaso. Não se castigue por coisas que não dependem de você. Apaixonar-se é do além, é mágica. Quando você piscou, apaixonou. Não tem jeito, ninguém foge, ninguém tem controle sobre isso. Infelizmente. Ou seria felizmente, né? Na hora certa, talvez quando menos esperar, o coração acalma e o ciclo se renova. A vida é assim... Carpe Diem! 

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1 comentários

  1. AHAZOU! A felicidade encontra - se dentro de nós e não em outras pessoas.Para se ter um relacionamento pleno você precisa ser feliz consigo mesma, se amar em primeiro lugar! Tempo sozinha, é completamente necessário! E você faz isso com louvor, NOG! Amei o texto e concordo em tudo!

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